sábado, 23 de outubro de 2010

você entrou na minha vida usou e abusou, fez o que quis, agora se desespera dizendo que é infeliz...
não foi surpresa pra mim
você começou pelo fim
não me comove o pranto de quem é ruim
assim
quem sabe um dia você possa se redmir

Meu-lírico

Das tantas coisas que me ferem a pior é eu.
eu não no sentido pessoal
mas no mais distante..
aquele, eu, desconhecido próximo..
tão dentro e tão longe...
bastante indefinido
Aquele eu que não é o outro mas não sou eu nem você
Nunca faria parte de nós
Assim como nunca fez parte de mim
De vez em quando ele aparece e me faz esquecer daquilo que eu já nem me lembrava mais
Me faz falar loucuras
Me faz amar e odiar ao mesmo tempo
É aquele eu como um cão raivoso
que só precisa de um lugar pra morar
Quem acolheria aquele?
Eu não estou disposta a te-lo comigo...
Dá muito trabalho...
Alimentação, cuidados, carinhos intermináveis...
Mas esse eu sempre termina querendo mais..
mais... mais...
Um eu repetitivo, sufocante, depressivo, inconstante, incoerente, insigificante, quase impressionante, que não é nominativo, um tanto errante, e completamente incisivo...
É aquela parte daqui que não é ninguém..
É aquele que sofre...


- Sob edredons transparentes e poídos aquele deu um grito tão mudo que me deixou surdo, queria poder entender o que falava, o que mostrava... Tudo culpa daqueles edredons.